Jesus Crucified

Jesus Crucified
Jesus Christ have mercy on us

Holy Tridentine Mass - Santa Missa Tridentina.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MEMÓRIAS DA IRMÃ LÚCIA-SEGUNDA MEMÓRIA-Introdução

MEMÓRIAS DA IRMÃ LÚCIA
SEGUNDA MEMÓRIA

Introdução

A Primeira Memória tinha descoberto aos Superiores de Lúcia que
esta guardava, cuidadosamente, ainda muitas coisas que só revelaria por obediência. Em Abril de 1937, 0 P.e Fonseca, escrevendo ao Sr. Bispo, dizia-lhe: «A carta da Irmã Dores (Lúcia) sobre a Jacinta faz supor que há ainda particulares interessantes relativos à história das aparições (palavras, ou comunicações de N. Senhora, actos de virtude das crianças em obediência das indicações de N. Senhora...) que estão ainda inéditos. Não seria possível, ou haveria inconveniente, em fazer que a irmã Lúcia, com simplicidade religiosa e evangélica, para honra de Nossa Senhora, escrevesse miudamente quanto se lembrasse?».
Com efeito, o Sr. Bispo, posto de acordo com a Madre Provincial
das Doroteias, Madre Maria do Carmo Corte Real, dão ordem à Lúcia.
Esta, com data de 7 de Novembro de 1937, pode responder ao Sr. D. José: «Aqui estou, com a pena na mão, para fazer a vontade do meu Deus.» Este escrito, iniciado no dia 7 de Novembro, está terminado no dia 21, isto é, catorze dias para redigir um longo escrito, e sempre no meio das ocupações caseiras que não a deixam repousar. Trata-se de um trabalho de 38 folhas escritas de ambos os lados, com letra fechada e corrida e sem correcções. Isto manifesta, uma vez mais, a lucidez de espírito, a serenidade de alma, o equilíbrio das faculdades da Irmã Lúcia.
Nesta Memória, os temas são surpreendentes: as aparições do Anjo,
graças extraordinárias na sua primeira comunhão, aparições do Coração Imaculado de Maria em Junho de 1917 e muitas circunstâncias absolutamente inéditas até então. A intenção da Irmã Lúcia neste escrito, assinala-a deste modo: «...deixar ver a história de Fátima tal qual ela é.»
Não se trata, portanto, – como na Memória anterior – de umas recordações «biográficas», em que as Aparições permanecem na penumbra, mas das próprias Aparições, em primeiro plano.
O «espírito» com que Lúcia escreve é patenteado nas seguintes
palavras: «Não terei mais o gosto de saborear só contigo os segredos do Teu amor; mas, para o futuro, outros cantarão comigo as grandezas da Tua misericórdia!... Eis aqui a escrava do Senhor! Que Ele continue a servir-se dela como Lhe aprouver. »