MEDITAÇÃO VI.
A VISTA DOS NOSSOS PECADOS
AFLIGIU JESUS DESDE O SEIO DE SUA MÃE.
Dolor meus in conspectu meo semper.
A minha dor está sempre diante dos meus olhos.
Parte I.
Todas as aflições e
todas as ignomínias que Jesus sofreu em sua vida e morte, estiveram
constantemente presentes a seu espírito desde o primeiro momento de sua
existência: Dolor meus in conspectu meo semper; e a cada instante Ele as
oferecia em expiação dos nossos pecados. O Senhor revelou a um dos
seus servos que cada pecado dos homens lhe causa-va, durante sua vida,
uma dor assaz violenta para lhe dar a morte, se lhe não fosse conservada
a vida para sofrer mais ainda.
Ó meu Jesus, eis a bela prova de
gratidão que recebestes dos homens e de mim em particular! Empregastes
trinta anos de vida para salvar-me; e eu fiz tudo o que dependia de mim
para vos fazer morrer de dor tantas vezes quantas pequei!
Parte II.
S.
Bernardino de Sena diz que Nosso Senhor via em particular o pecado de
cada um. Essa vista contínua afligia-o imensamente, desde o primeiro até
o derradeiro momento de sua vida. E, ajunta S. Tomás, devido ao
conhecimento que tinha da injúria que todo pecado faz a seu Pai, e do
prejuízo que nos causa, a sua dor excedeu a de todos os pecadores
contritos, mesmo dos que morreram de puro arrependimento. Não há dúvida
alguma, pois nenhum pecador chegou a amar a Deus e a sua alma tanto
quanto Jesus amava seu Pai e nossas almas.
Assim, meu Jesus, já que
ninguém me amou mais do que vós, é justo que vos ame mais do que todos;
ou, para melhor dizer, já que só vós me amastes, quero amar só a vós.
Parte III.
A
agonia que Jesus sofreu no jardim das Oliveiras à vista dos nossos
pecados que se encarregara de expiar, Ele a sofreu desde o seio de sua
Mãe. Se pois a vida de nosso divino Salvador foi uma aflição contínua
por causa dos nossos pecados, esses pecados devem ser, durante toda a
nossa vida, o único mal que nos cause aflição.
Meu amado Redentor,
quisera morrer de dor ao pensar nas amarguras de que vos saturei em
minha vida. Ó meu amor, se me amais dai-me uma contrição tal que me faça
morrer e me alcance o perdão e a graça de amar-vos com todas as minhas
forças. Dou-vos o meu coração todo inteiro; e se não o sei dar-vos
inteiramente, tomai-o vós mesmo, e inflamai-o de vosso santo amor. — Ó
Maria, advogada dos miseráveis, a vós me recomendo.
Santo Afonso Maria de Ligorio
Este blogue é tradicional e também fiel á verdadeira Religião Una, Católica, Apostólica, Romana e tem por objectivo a divulgação da Missa Tridentina em Portugal e no Brasil,e preservar a sua Doutrina original. Dedico este blog á Virgem Santíssima, ao Sagrado Coração de Jesus,a São José e as Almas do Purgatório,como reconhecimento e gratidão por me terem tirado do Paganismo. Evangelização Tradicional e Apostolado de Oração no Porto.