Jesus Crucified

Jesus Crucified
Jesus Christ have mercy on us

Holy Tridentine Mass - Santa Missa Tridentina.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Porque Nossa Senhora está triste?



Porque é que Ela está triste?
A Irmã Lúcia disse que “a Santíssima Virgem está muito triste.” Porque é que está triste? Está triste “por ninguém fazer caso da Sua Mensagem, nem os bons nem os maus.
Compreende-se que os maus não lhe dêem atenção. Os pecadores, endurecidos no pecado, alguma vez se interessam pelas coisas de Deus? Mas o que é mais notável é que a Irmã Lúcia acrescenta que também os bons não fazem caso da Mensagem de Nossa Senhora.
O que é ainda mais surpreendente para nós, que o consideramos da perspectiva de quase cinquenta anos passados, é que a Irmã Lúcia disse que o castigo de Deus estava iminente. Disse isto, apesar de, em 1957, não terem passado muitos anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial e de outra guerra importante na Coreia.


O pior castigo
Então, de que castigo é que fala a Irmã Lúcia? Ela faz uma alusão mais adiante, mas é preciso usar os olhos da fé para a ver. Não quero aqui falar da fé na Mensagem de Nossa Senhora, mas antes na compreensão da Sua Mensagem a partir da perspectiva da Fé Católica.
Esta perspectiva é-nos dada por S. João Eudes, citando as Sagradas Escrituras. Jeremias diz-nos, falando em nome de Deus: “Voltai atrás, filhos revoltados, diz o Senhor ... E eu dar-vos-ei pastores segundo a Minha vontade, e eles alimentar-vos-ão com conhecimento e doutrina.” (Jeremias 3:14-15)
S. João Eudes deduz desta passagem que, se não voltarmos para Deus, então Deus enviará pastores que sáo apenas pastores no nome — pastores que são, na realidade, lobos em pele de cordeiro. E continua, dizendo que, quando Deus está particularmente irado com o Seu povo, envia-lhes maus pastores. É o pior castigo que Ele pode dar!
Isto, creio eu, é o castigo a que a Irmã Lúcia se refere. Fala disto na parte seguinte das suas declarações. “A Irmã Lúcia também me disse,” contou o Padre Fuentes, “Senhor Padre, o demónio está travando uma batalha decisiva contra a Virgem Maria. E como sabe que é o que mais ofende a Deus e o que, em menos tempo, lhe fará ganhar um maior número de almas, trata de ganhar para si as almas consagradas a Deus, pois que desta maneira deixa também o campo das almas desamparado e mais facilmente se apodera delas.”
Lembremo-nos que a Irmã Lúcia disse isto em 1957. Em 1965 havia 455.000 padres católicos. Em 1975 só havia 400.000. 55.000 padres — um pouco mais de que um nono — deixaram o ministério em apenas dez anos. Em toda a história da Igreja, nunca se viu um tal declínio no número de sacerdotes.
Ainda hoje, segundo as estatísticas mais recentes, publicadas em L’Osservatore Romano, o número mais alto dos sacerdotes que se mantiveram na Igreja pouco excede os 406.000. E, por exemplo, a idade média dos padres nos Estados Unidos é hoje na casa dos 60 anos, em vez da dos 40 como costumava ser.
Embora o número de padres esteja a declinar, a população de leigos que se consideram Católicos — embora menos bem instruídos e menos praticantes — tem aumentado. Estas almas têm cada vez menos padres por cada mil pessoas, para as ensinarem e guardarem. E a percentagem de padres em relação aos leigos ainda diminuirá mais significativamente nos próximos dez anos, à medida que o gasto natural da morte atinge muitos dos padres que têm hoje 60, 70 ou 80 anos.