Jesus Crucified

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Jesus Christ have mercy on us

Holy Tridentine Mass - Santa Missa Tridentina.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Modernismo ataca o clero

O Modernismo ataca o clero
O castigo que se abateu sobre nós mostra que o demónio aproveitou bem a sua oportunidade. Teve sucesso, não só com os 55.000 padres que abandonaram o seu ministério, mas também com todos os que vieram a aceitar a interpretação modernista das Sagradas Escrituras, da Liturgia e até do Dogma — e a interpretação modernista de Fátima.
Tenho que admitir que, quando li pela primeira vez a encíclica de S. Pio X sobre o modernismo (Pascendi Dominici Gregis, 1907), fiquei muito assustado. Vinha no avião de Londres para o Canadá, para entrar no seminário, quando li nessa encíclica alguns dos truques manhosos e diabólicos que os modernistas usam.
   Um destes truques horrendos é a redefinição de termos católicos. Quando usam a palavra “transubstanciação” ou “magistério” ou qualquer outra palavra católica, dão-lhe outro sentido, mas não têm a honestidade de nos fazerem o favor de dizer que redefiniram o termo. Só o usam uma e outra e outra vez, até que, eventualmente, acabamos por redefinir esse termo na nossa cabeça, e deixamos de pensar como Católicos.
   Perguntei a mim próprio, quem poderá vencer este truque? O Papa Leão XIII, ao escrever a sua encíclica sobre os estudos bíblicos, Providentissimus Deus, disse que os estudiosos da Bíblia devem ter sólidos fundamentos no dogma católico, porque, em caso contrário, acabarão simplesmente por “absorver a erudição tortuosa dos racionalistas”.
  Eu diria o mesmo aos nossos filósofos e teólogos. Quer sejam peritos nas Escrituras, na Teologia Dogmática ou na Teologia Moral, se não estiverem bem firmes nas definições solenes da Igreja Católica, no sentido em que foram sempre aceites, podem muito bem acabar por aceitar o pensamento distorcido dos racionalistas.


O Modernismo ataca Fátima
Estamos a ver isto mesmo à nossa frente. O Modernismo — que também prega a erudição forçada dos racionalistas — está a ser usado para atacar Fátima, para redefinir Fátima noutros termos.
Aprendi de Santo Agostinho a primeira regra para estudar as Escrituras. Disse ele que devemos, antes de mais, compreender as Escrituras no seu sentido literal, a menos que seja contrário à Fé ou à recta razão. É esta a primeira regra da interpretação, e é também este o método que uso para interpretar a Mensagem de Fátima. Até agora, nunca me falhou, e confirma a minha crença em como as profecias de Fátima devem tomar-se literalmente, e não nalgum sentido metafórico ou simbólico.
   Quando Nossa Senhora mostrou aos pastorinhos a visão do inferno, estes compreenderam-na. Porque quem vê o inferno, o que eu nunca experimentei, compreende o que se passa. Mesmo assim, a Santíssima Virgem explicou-lhes: “Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores”. Porque Ela explica tudo. Os pastorinhos de Fátima não são os únicos que precisam que lhe expliquem as coisas. Se queremos compreender Fátima como deve ser, devemos ser “como crianças”, como Nosso Senhor disse.