Por Julie Maria
Você sabia que no art. n.º 7 de um projeto que está pronto para votação no Senado Federal brasileiro chamada «lei da homofobia» (PLC 122/2006) está escrito: “A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de um ato obsceno (“manifestação de afetividade”) por homossexuais.”?
Isso nos deve fazer pensar. Qual é a sua opinião? Nossa consciência está formada pela verdade ou por mentiras e falsificações na qual pretendemos estar a favor da pessoa e no final estamos contra ela e o seu chamado à santidade?
A Igreja diferencia entre tendência (na qual a pessoa sofre sem culpa pessoal) e ato homossexual (onde a pessoa livremente escolhe realizar os atos homossexuais) e será por tanto responsável por eles.
Abramos os olhos! Nesta “lei da homofobia” não está em jogo a dignidade da pessoa, que por ter seu fundamento na imagem e semelhança com Deus nunca deve ser discriminada por nenhuma razão e a Santa Igreja nos ensina a acolher a todos. Segundo explica a advogada e presidente da Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida, Maria das Dores Dolly Guimarães, neste projeto de lei «além dos direitos previstos na Constituição para todas as pessoas, o homossexual, pelo simples fato de ser homossexual, ganhará privilégios (...) e quem ousar criticar tal conduta será tratado como criminoso».
Longe de ser um passo para fortalecer a sua dignidade pessoal, esta lei denigre a pessoa com tendência homossexual pois indiretamente está dizendo que ela é mais “humana” quando, por exemplo, faz gestos obscenos do que quando vive a castidade. A Igreja tem a autenticidade de dizer que esta pessoa, com tendência homossexual, continua recendo o chamado à santidade como qualquer outra pessoa e por isso tem o direito e o dever de lutar, carregando a sua cruz unida a de Cristo, para viver sua vocação de filhos e filhas do Pai.
Nunca foi fácil seguir a Cristo e para a pessoa com tendência homossexual não será diferente. Mas ela deve reconhecer que antes mais nada ela se define primeiramente não como um homossexual e sim como filha e filho amado que “está chamado a realizar, na sua vida, a vontade de Deus” como afirma a Igreja.
O que de fato seria uma enorme discriminação seria dizer: “olha, todos estão chamados para viver a castidade, mas as pessoas com tendência homossexual não, elas devem continuar escravas de suas tendências.” Isso longe de ser uma opinião que eleva a dignidade do ser humano, a rebaixa. O cristão está chamado a uma nobre vocação de santidade e feliz quem a descobre e diz o seu sim!