Jesus Crucified

Jesus Crucified
Jesus Christ have mercy on us

Holy Tridentine Mass - Santa Missa Tridentina.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O SANTO ESCAPULÁRIO DO CARMO.

O SANTO ESCAPULÁRIO DO CARMO








No dia 16 de julho, há 750 anos, o mais extraordinário penhor de salvação jamais dado ao homem - o Escapulário do Carmo - era entregue a São Simão Stock. Por isso, os carmelitanos declararam 2001 "Ano Mariano" para toda a Ordem.

Certo dia, que já vai longe, andando pelas ruas de Roma, encontraram-se três insignes homens de Deus.

Um era Frei Domingos de Gusmão, que recrutava membros para a Ordem que fundara, a dos Pregadores, mais tarde conhecida como dos "dominicanos". Outro era o Irmão Francisco de Assis, o Poverello, que havia pouco reunira alguns homens para servir ao que chamava a Dama Pobreza. O terceiro, Frei Ângelo, tinha vindo de longe, do Monte Carmelo, na Palestina, chamado a Roma como grande pregador que era.





Os três, iluminados pelo Divino Espírito Santo, reconheceram-se mutuamente, e no decurso da conversa fizeram muitas profecias.

Santo Ângelo, por exemplo, predisse os estigmas que seriam concedidos por Deus a São Francisco.


E São Domingos profetizou: "Um dia, Irmão Ângelo, a Santíssima Virgem dará à tua Ordem do Carmo uma devoção que será conhecida pelo nome de Escapulário Castanho, e dará à minha Ordem dos Pregadores uma devoção que se chamará Rosário. E um dia Ela salvará o mundo por meio do Rosário e do Escapulário".

No lugar desse encontro construiu-se uma capela, que existe até hoje em Roma.



A Grande Promessa: não irás para o fogo do inferno


Se a bula Papal aplacara momentaneamente o furor dos inimigos do Carmelo, não o fizera cessar de todo.

Depois de um período de calmaria, as perseguições recomeçaram com mais intensidade. Carente de auxílio humano, São Simão recorria à Virgem Santíssima com toda a amargura de seu coração, pedindo-Lhe que fosse propícia à sua Ordem, tão provada, e que desse um sinal de sua aliança com ela.



Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta, Flor Carmelis.

Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, de repente "a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me:


"'Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna.

Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno'".

Essa graça especialíssima foi imediatamente difundida nos lugares onde os carmelitas estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do Monte Carmelo.

São Simão atingiu extrema velhice e altíssima santidade, operando inúmeros milagres, tendo também obtido o dom das línguas; entregou sua alma a Deus em 16 de maio de 1265.


Privilégio Sabatino: livre do Purgatório no primeiro sábado após a morte



Além dessa graça específica da salvação eterna, ligada ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que ficou conhecida como privilégio sabatino.

No século seguinte, apareceu Ela ao Papa João XXII, a 3 de março de 1322, comunicando àqueles que usarem seu Escapulário:



"Eu, sua Mãe, baixarei graciosamente ao purgatório no sábado seguinte à sua morte, e os levarei daquelas penas e os levarei ao monte santo da vida eterna" .



Quais são, então, as promessas específicas de Nossa Senhora?


1º. Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno.

Que desejava Nossa Senhora dizer com estas palavras?- Em primeiro lugar, ao fazer a sua promessa, Maria não quer dizer que uma pessoa que morra em pecado mortal se salvará.

A morte em pecado mortal e a condenação são uma e a mesma coisa. A promessa de Maria traduz-se, sem dúvida, por estas outras palavras:

"Quem morrer revestido do Escapulário, não morrerá em pecado mortal".

Para tornar isto claro, a Igreja insere, muitas vezes, a palavra "piamente" na promessa: "aquele que morrer piamente não padecerá do fogo do inferno".





2º. Nossa Senhora livrará do Purgatório quem portar seu Escapulário, no primeiro sábado após sua morte.





Embora freqüentemente se interprete este privilégio ao pé da letra, isto é, que a pessoa será livre do Purgatório no primeiro sábado após sua morte, "tudo que a Igreja, para explicar estas palavras, tem dito oficialmente em várias ocasiões, é que aqueles que cumprem as condições do Privilégio Sabatino serão, por intercessão de Nossa Senhora, libertos do Purgatório pouco tempo depois da morte, e especialmente no sábado" .




De qualquer modo, se formos fiéis em observar as palavras da Virgem Santíssima, Ela será muito mais fiel em observar as suas, como nos mostra o seguinte exemplo:

Durante umas missões, tocado pela graça divina, certo jovem deixou a má vida e recebeu o Escapulário. Tempos depois recaiu nos costumes desregrados, e de mau tornou-se pior. Mas, apesar disso, conservou o santo Escapulário.


A Virgem Santíssima, sempre Mãe, atingiu-o com grave enfermidade. Durante ela, o jovem viu-se em sonhos diante do justíssimo tribunal de Deus, que devido às suas perfídias e má vida, o condenou à eterna danação.



Em vão o infeliz alegou ao Sumo Juiz que portava o Escapulário de sua Mãe Santíssima.

- E onde estão os costumes que correspondem a esse Escapulário? - Perguntou-lhe Este.

Sem saber o que responder, o desditoso voltou-se então para Nossa Senhora.

- Eu não posso desfazer o que meu Filho já fez - respondeu-lhe Ela.

- Mas, Senhora! - exclamou o jovem - Serei outro.

- Tu me prometes?

- Sim.

- Pois então vive.



Nesse momento o doente despertou, apavorado com o que vira e ouvira, fazendo votos de portar doravante mais seriamente o Escapulário de Maria.

Com efeito, sarou e entrou para a Ordem dos Premonstratenses. Depois de vida edificante, entregou sua alma a Deus. Assim narram as crônicas dessa Ordem.


O Escapulário e Fátima

Tem o Escapulário alguma relação com Fátima?

Sim. Após a última aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria, surgiram aos olhos dos três videntes diversas cenas.

Na primeira, ao lado de São José e tendo o Menino Jesus ao colo, Ela apareceu como Nossa Senhora do Rosário.

Em seguida, junto a Nosso Senhor acabrunhado de dores a caminho do Calvário, surgiu como Nossa Senhora das Dores.

Finalmente, gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão.

- Que pensa da razão por que Nossa Senhora apareceu com o Escapulário nesta última visão? - perguntaram a Lúcia em 1950.

- É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário - respondeu ela.

"E é por este motivo que o Rosário e o Escapulário, os dois sacramentais marianos mais privilegiados, mais universais, mais antigos e mais valiosos, adquirem hoje uma importância maior do que em nenhuma passada época da História".


Oração a Beatíssima Virgem do Carmo


Oh! piedosíssima Virgem! Vós, que nove séculos antes de existir fostes vista em profecia pelo servo de Deus nosso pai São Elias, e venerada por seus filhos no Carmelo... Vós, que em carne mortal vos dignasteis visitar-lhes e lhes dispensasteis celestiais alegrias... Vós, que vigiais sempre pela virtuosa família que teve por Superior a vosso estimado filho São Simão Stock, por pais e reformadores a seráfica virgem e mística Doutora Santa Teresa de Jesus e ao esclarecido e extático São João da Cruz, assim como por uma de suas digníssimas filhas a exemplar esposa de Jesus Cristo Santa Maria Madalena de Pazzis, vossa devotíssima serva... Vós, que engrandecestes a Ordem com a estimável prenda do Santo Escapulário.., e, em fim, Vós, que de tantas maneiras haveis demonstrado vosso carinhoso amor aos carmelitas e seus devotos, recebei benévola meu coração ardente de fervoroso entusiasmo dado a mais pura das criaturas e a mais amorosa das mães. Não permitais, Senhora, que o leão rugente assuste meu espírito no caminho da perfeição, e fazei que consiga subir a glória, como o haveis alcançado de vosso Divino Jesus para os que invocando-vos com fé e imitando vossas virtudes, morreram píamente com vossa proteção. Amém.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O que a Biblia fala

A Bíblia ensina que tanto a sabedoria como o conhecimento não são dados por meios místicos (Pv 1; 1 Tm 4.10-16; 2 Tm 2.14; 3.14), e rejeita a idéia da Nova Era de que o chamado conhecimento "superior" é alcançado nos estados místicos de consciência. O conhecimento revelado de Deus e a verdade espiritual vêm do próprio Deus que é a Verdade, que "não pode mentir" (Jo 14.6; Tt 1.2), através de revelação divina verificável (2 Tm 3.16-17), e não por imitações espíritas que fornecem falsas informações (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).

A Bíblia ensina uma moralidade absoluta baseada no caráter de Deus e na Sua Palavra revelada (1 Jo 1.5; 2.29; 3.4). Isso rejeita o ensinamento do Movimento da Nova Era de moralidade baseada na preferência pessoal, que pode levar a uma abordagem potencialmente destrutiva para a vida e ética pessoais.

Com respeito ao conhecimento de Deus, a Bíblia ensina que Deus é infinito (1 Rs 8.27; 1 Tm 6.15-16), pessoal (Is 43.10-13; 44.6-9), amoroso (1 Jo 4.8), santo e imutável (Sl 55.19; Ml 3.6; Hb 13.8; Tg 1.17). Por outro lado, o Movimento da Nova Era ensina que Deus é impessoal e, portanto, deve ser mencionado como sendo a "Força" dos filmes "Guerra nas Estrelas". O Deus do Movimento da Nova Era não pode amar, não é santo e não pode pensar, nem ter misericórdia. "Ele" (força impessoal) apenas existe.

A Bíblia ensina que Cristo tinha uma natureza especial como a única encarnação de Deus e Salvador do mundo (Jo 3.16,18; Fp 2.1-8; 1 Jo 2.2). Ele vai voltar visível e pessoalmente (Mt 24.29-39; At 1.11). A Bíblia rejeita o ensinamento do Movimento da Nova Era de que Jesus era apenas um mestre iluminado ou espírito-guia.

A Bíblia ensina que o pecado é real (1 Jo 1.8-10), que ele separa o indivíduo de Deus (Is 59.2; Ap 20.12-15), e que Cristo morreu para perdoar os pecados da humanidade (Jo 3.16; 1 Pe 2.24). Isso contrasta com o Movimento da Nova Era que ensina que o pecado é uma ilusão (ou simples ignorância da nossa perfeição) e que Cristo não morreu pelo pecado, mas apenas revelou o caminho para uma consciência superior.

Na Bíblia, a salvação ocorre quando o homem se arrepende e recebe pela fé a provisão de Cristo para o seu pecado. A salvação é um dom gratuito instantâneo, recebido pela graça através da fé na morte sacrificial de Jesus Cristo (Rm 11.6; Ef 2.8-9; Jo 6.47; 1 Jo 2.25; 5.13). Isso rejeita a idéia do Movimento da Nova Era de que a salvação ("iluminação") é um processo demorado de percepção da nossa própria divindade.
Para eles, a salvação não é um dom, sendo então obtida pelo esforço e mérito pessoais, como na meditação da ioga. A Bíblia ensina que o céu ou o inferno reais são o destino de todos os indivíduos depois desta vida (Mt 25.46; Fl 3.20-21; Hb 9.27; Ap 20.10-15; 21.1-22.5). Isso rejeita o ensino do Movimento da Nova Era da reencarnação através de um número infindável de vidas. Assim sendo, a Bíblia e o Movimento da Nova Era discordam em diversas crenças básicas sobre Deus, salvação e vida espiritual.

Site da Chamada da Meia Noite
(John Ankerberg e John Weldon)

Os perigos da nova era.

Factos Sobre a Nova Era

1. As experiências místicas da Nova Era são, na verdade, armadilhas espirituais?
Existe hoje grande confusão na área dos fenômenos psíquicos, experiências místicas, e ocultismo. Todos eles são vistos como bons, progressistas e de origem divina; devendo, no futuro, fazer parte do aspecto natural e normal da evolução ou potencial humano. Essas são atividades tidas não só como "boas", mas também "seguras". No geral, as realidades danosas só são percebidas tarde demais, porque a nossa sociedade rejeita a idéia de poderes demoníacos que enganam deliberadamente sob um disfarce de "bondade".
As pessoas da Nova Era não têm idéia de que as suas novas práticas espirituais possam levá-las ao envolvimento com demônios. Por exemplo, Johanna Michaelsen acreditou que estava servindo a Deus e a Jesus trabalhando com um cirurgião mediúnico. No início, ela sentia grande alegria e paz mediante as práticas da Nova Era. Seu espírito-guia chegou a afirmar ser Jesus. No processo de se tornar cristã, ela descobriu, porém, que o espírito-guia a enganara deliberadamente e era um demônio. Ela relembra: "Raiva demoníaca assassina foi a reação do espírito à minha provável decisão de aceitar a Jesus Cristo de Nazaré como Ele é, em vez de como eu estava pensando que Ele fosse".[1]
Doreen Irvine compreendeu a mesma verdade. Como feiticeira praticante, que usava poderes psíquicos, ela cria que tais coisas simplesmente faziam parte do "potencial humano" de qualquer pessoa. Certo dia, descobriu que o verdadeiro poder vinha dos espíritos malignos. Percebeu enfim que eles habitavam realmente nela – algo que nunca imaginara. Ela observa: "Os demônios não me eram estranhos. Eu não os chamara muitas vezes para ajudar-me nos rituais de feitiçaria e satanismo? Agora, pela primeira vez, sabia que esses demônios estavam dentro de mim e não fora. Foi uma revelação espantosa... eles na verdade me controlavam".[2]


Finalmente, o médium Raphael Gasson disse que seus auxiliares espirituais tentaram matá-lo quando ele decidiu deixá-los e aceitar Jesus Cristo. Ele declara: "Como ex-ministro espiritualista e médium ativo, posso dizer que na época em que participei do Movimento, cria realmente que esses espíritos eram de mortos e que era meu dever pregar isso a todos com quem entrava diariamente em contato. Tinha o desejo sincero de fazer com que a humanidade aceitasse essa ‘verdade gloriosa’ e se alegrasse no conhecimento de que a morte não existe".[3] Todavia, Gasson continua, dizendo que seu próprio espírito-guia "tentou matar-me quando se tornou evidente que estava pronto a denunciar o espiritualismo".[4]

Com base nisso, podemos ver que, pelo menos inicialmente, o convertido à Nova Era pode desfrutar de inúmeras experiências excitantes e agradáveis. É isso que os espíritos desejam, pois isso leva as pessoas a se aprofundarem mais na filosofia e práticas da Nova Era. Mas, uma vez que o indivíduo foi realmente "fisgado", o quadro pode mudar drasticamente. O que os adeptos da Nova Era devem considerar é que eles próprios podem fazer parte de uma vigarice espiritual. Se um estelionatário for suficientemente hábil, a vítima pode entregar-lhe alegremente toda a sua poupança. Ela só descobre a sua perda quando já é tarde demais. Os membros da Nova Era entregam confiantes as suas mentes e corpos a seres espirituais que mal conhecem. Se esses espíritos forem demônios, quais serão as conseqüências lógicas, a seu ver?

2. A Bíblia diz alguma coisa sobre os ensinos e práticas do Movimento da Nova Era?

A Bíblia tem muito a dizer sobre as práticas e ensinamentos da Nova Era. Especificamente, a Bíblia ensina que o espiritismo e outras práticas ocultistas do Movimento da Nova Era desagradam a Deus, atraindo o Seu juízo. Por exemplo:

Êxodo 20.3,5 (comp. Sl 96.4) – "Não terás outros deuses diante de mim... Não [os] adorarás, nem lhes darás culto..."

Deuteronômio 18.10-12 (comp. 2 Cr 33.6) – "Não se achará entre ti... adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor..."

1 Coríntios 10.20 (comp. Sl 106.34-40) – "As cousas que eles sacrificam, é a demônios... e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios".

Em essência, nesses versículos, a Bíblia está condenando qualquer envolvimento com espíritos ou demônios.
Os ensinamentos panteístas do Movimento da Nova Era são rejeitados pelas Escrituras. A Bíblia ensina que o Deus infinito e eterno criou um Universo finito do nada (Gn 1.1; Ne 9.6; Sl 33.9; 148.5; Hb 11.3) e que esse é tanto real quanto bom (Gn 1.31). Deus não é "um" com o Universo (Is 45.18,22). Ele é separado e superior a ele.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Diga Não ao Carnaval.

O COSTUME E O PECADO


São João Crisóstomo na homilia “Sobre as prostituições” 2, PG 51, 210 diz algo que cabe muito bem aplicarmos a certos costumes, tais como o carnaval, que leva muitos para o caminho do pecado:

“Que não me diga alguém que é costume; onde o pecado ousa aparecer, não te lembres do costume, mas, se suspeitos os eventos, mesmo que sejam antigo costume, elimina-os; mas, se não forem frutos da malícia, mesmo que não sejam costumeiros, introduza-os e plante-os bem fundo.” (S. João Crisóstomo, Sobre as prostituições, 2)

Comentário: Muitos vêem o carnaval como a festa da alegria. Nós, dizem, os pagãos, somos gente tola, que rejeitam as coisas alegres da vida. Ora, meus irmãos, não é nada disso como pensam os pagãos; nós cristãos não repudiamos a alegria, sabemos que a alegria constitui, é claro, um anseio e uma expectativa de nossa santa e divina religião católica. Não, porém, a alegria mundana, essa que nos oferece o mundo, alegria sem relação com o Cristo e a sua Igreja. O apóstolo Paulo, concebendo a alegria, não falou sobre alegria simplesmente, mas acerca da alegria no Senhor, acerca da duradoura alegria que existe mesmo nas tristezas, a qual a união com o Cristo cria.

"Santo Agostinho chamava os divertimentos carnavalescos de sacramentos do demônio, porque, em vez de nos fazerem amigos de Deus, eles nos fazem amigos do demônio; em vez de nos darem a graça, dão-nos a desgraça; em vez de nos abrirem a porta do paraíso, escancaram a porta do inferno." (Cf. COLOMBO,Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 316)


“Como podem chamar-se divertimentos as bebedeiras, as noitadas, os bailes, e todas as variadas desonestidades com e sem máscara? “Não divertimentos – clama S. João Crisóstomo- mas sim pecados e delitos.”


Bem dizia os Padres antigos quando dissera que a barafunda do carnaval é uma invenção do diabo. E muitos dos que se chafurdam dentro dela são cristãos que, na prática ao menos, querem desbatizar-se. Quando eles foram levados à pia sagrada, o ministro de Deus lhes disse: “Renuncias ao demônio e às suas pompas?” “Renuncio”, foi respondido.

Mas eis que nestes dias muitíssimos católicos arrancam do seu coração as renúncias, se esquecem do batismo, e, tornado pagãos, lançam-se no culto dos sentidos e nas pompas demoníacas. Há alguns que argumentam assim: “Não acho nada de mal ir a certos bailes dançantes, aos bailes de máscaras....” Pobre gente!


Mister se faz dizer que ela perdeu o senso do bem e do mal. Lembrarei então um episódio contado por Tertuliano, mas que pode ensinar muitíssimo, mesmo nos nossos dias. Uma mulher ao entrar em certo ambiente para os divertimentos carnavalescos (saturnálias), foi invadida pelo demônio. Arrastada perante o Bispo, este exorcizando-a, forçou o espírito maligno a dizer por que ousara molestar aquela mulher, que era boa e religiosa. ‘Se fiz isto, respondeu o demônio, tinha o direito de fazê-lo. Invadi-a porque surprendi-a no que é meu.’ ” (De spect., c. 26; Cfr. Adaptado de: COLOMBO,Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 315-316)

ALEGRIA DA CIDADE DOS HOMENS

Daniel André

A gloriosa Cidade de Deus, a Igreja católica, prossegue em seu peregrinar através da impiedade e dos tempos, vivento cá embaixo, pela fé, e com paciência espera a verdadeira alegria na firmeza da mansão eterna.

Enquanto isso, esquecendo de seu destino eterno, os homens da cidade terrestre, imprudentes e sensuais, desprezando os bens eternos, se alegram com as proximidades de mais um carnaval, a maior festa popular do país. Como porcos que se chafurdam na lama, enlameam-se no gozo dos pecados. Diz bem São Jerônimo: "nada há mais infeliz do que a felicidade dos que pecam!" (Cf. Santo Antônio, Sermão, 1Pn 6ª)


De tal modo, as pessoas perdem o juízo, que não somente se tornam insensatas, mas se reduzem à condição dos brutos; agindo como irracionais, entregando-se as bebedeiras, drogas, violência e imoralidades, sem considerar o que é o bem e o mal, seguem unicamente o instinto das afeições sensuais, entregando-se ao que lisonjeia a carne, sem pensar no que perdem, nem na ruína eterna que os ameaça.


Pelos canais de televisão, a mesma droga é difundida nos lares. Mulheres nuas, imoralidades, sambas que exaltam os falsos deuses das religiões africanas, etc. Alguns canais, só para ganhar audiência e perder algumas almas, apostam em nudez e carnaval trash com travesti e gafes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u369166.shtml


O melhor mesmo, para aqueles que pertencem a Cidade de Deus, é o recolhimento. É hora de preparar-se para a Quaresma, escondendo-se dos tumultos, em intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus verdadeiro. Enquanto isso, a cidade terrestre cultuará seus deuses com sacrifícios e renúncias para badalar todas as noites até o raiar do dia, sem perder nada da festa, mas perdendo tudo nela. É a "religião" da cidade dos homens com sua trindade carnal: a concupiscencia da carne, dos olhos e a soberba da vida.


Dizia Santo Afonso, que quando o pecador, para satisfazer qualquer paixão, ofende a Deus, converte em sua divindade essa paixão, porque nela põe o seu último fim. Assim diz São Jerônimo: “Aquilo que alguém deseja, se o venera, é para ele um deus. Vício no coração é ídolo no altar.”

Por isso, carnaval é a festa dos ídolos. Ídolos da bebida, do sexo, das drogas, das infidelidades. São ídolos no altar. São falsos deuses no coração dos homens.

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO E O CARNAVAL


“Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.


É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.



Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão, se amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus Sacramentado ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas.


O meio para adquirires um tesouro imenso de méritos e obteres do céu as graças mais assinaladas, é seres fiel a Jesus Cristo em sua pobreza e fazer-lhe companhia neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Como Jesus agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias de carnaval lhe são oferecidos pelas suas almas prediletas!” (LIGÓRIO, Afonso Maria de, Meditações).

O Carnaval ofende a Jesus Cristo. Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926). E Santa Margarida Maria de Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?” (Escritos Espirituais).


Durante o carnavalm, os santos desagravavam e consolavam o Coração de Jesus tão ofendido durante os dias que precedem a quaresma. Eles faziam penitência, rezavam com mais fervor e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com Nosso Senhor.



— Santa Maria Madalena de Pazzi passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o Sangue de Jesus Cristo pelo pobres pecadores.

— O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas.

— São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias.

— São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e exercícios de devoção.

— São Francisco de Sales exortava o povo a comungar com freqüência durante o carnaval, para consolar a Nosso Senhor.

— São Vicente de Paulo mandou que seus religiosos fizessem penitência durante o carnaval.

— Santa Margarida Maria de Alacoque sofria muito durante esse tempo.

— São Caetano de Thiene morreu de desgosto ao ver Nosso Senhor tão ofendido.

E você, católico, qual é o seu comportamento durante o carnaval? Você ofende a Jesus Cristo ou consola-O?



Se o carnaval fosse uma coisa boa, como muitos andam dizendo; será que os santos teriam agido dessa forma? Claro que não! O carnaval é do demônio, por isso, é preciso rezar e fazer penitência.

Num trecho de uma carta da falecida carmelita Lúcia, em 1940, ela escreveu:


(...) Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do mundo e com os de Portugal, ao queixar-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo e em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos e religiosas (...) Em reparação e súplica por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas”.


Imaginem só...

Se em 1940, Nosso Senhor já estava descontente com o carnaval lusitano, imaginem o que Ele pensa do carnaval carioca, baiano...


Fonte: http://advhaereses.blogspot.com/search/label/Carnaval.

Irmã Lúcia: que sejam abolidas as festas de Carnaval.

Carnaval na Paróquia

Eu consegui este trecho na Internet sobre uma carta da falecida carmelita Lúcia, em 1940, ao tratar um grave assunto ao Patriarca de Lisboa:

"Eminentíssimo Senhor Cardeal, Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do mundo e com os de Portugal, ao queixar-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo e em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos e religiosas (...)
Em reparação e súplica por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas”.

Mas hoje é o “tempo da graça”, como querem os hereges, e assim promovem carnaval no próprio lugar onde deveria ser de oração, bem distinto da mensagem de Fátima:

http://www.jpjornal.com.br/news.php?news_id=41749


Fonte:http://persona-non-grata-brasil.blogspot.com/

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Beata Alexandrina e os Sacerdotes.

Beata Alexandrina


A veneração e o amor que a Beata Alexandrina tinha para com os sacerdotes é notória, portanto bem conhecida de todos.

Desde muito nova ― graças à educação altamente cristã recebida de sua mãe ― habituou-se a respeitá-los e a venerá-los como sendo a imagem visível de Cristo sobre a terra. Eis o que ela escreveu na sua “Autobiografia”:

« Lembro-me que tinha muito respeito pelos sacerdotes. Quando estava sentada à porta da rua, só ou com a minha irmã e primas, levantava-me sempre à sua passagem, e eles correspondiam tirando o chapéu, se era de longe, ou dando-me a bênção se passavam junto de mim. Observei algumas vezes que várias pessoas reparavam nisto e eu gostava e até chegava a sentar-me propositadamente para ter ocasião de me levantar no momento em que passavam por mim, só para ter o gosto de mostrar a minha dedicação e respeito pelos ministros do Senhor ».

Com o tempo e com o avançar da idade, estes sentimentos foram aumentando cada vez mais como o afirmaram os sacerdotes que foram seus directores espirituais, assim como aqueles sacerdotes que a visitavam.


Um destes sacerdotes, o Padre Payère, da diocese de Versalhes, em França, que a visitou em Dezembro de 1945, deixou dela este belo testemunho:

« Pareceu-me uma belíssima alma, completamente unida a Deus, uma hóstia pura, silenciosa e alegre no seu sofrimento profundo que exigem os pecados do mundo, em estreita união com Aquele que é por excelência o Cordeiro de Deus. Alexandrina é também o cordeiro de Deus que expia pelos pecados do mundo ».

E mais adiante diz ainda:


« O seu olhar e o seu sorriso estão cheios de bondade, de simplicidade e de caridade suave ; e portanto ela sofre muito ».

No momento em que se compilam as cartas por ela escritas ao seu primeiro Director espiritual ― o Padre Mariano Pinho, SJ ― pensei que seria bom ― para ilustrar este humilde trabalho ― transcrever uma delas que tem justamente por objecto a salvação de um sacerdote de Lisboa.



Este sacerdote não levava boa vida... Mas leiamos a carta:


« Balasar, 17 se setembro de 1938
Viva Jesus!

Meu Paizinho,
 A minha alma sofre, e sofre muito. Parece-me que não há luz que possa alumiar tal escuridão. Perdi-me no mar; não tenho ninguém por mim: tudo me abandonou. Eu não quero bem a pessoa nenhuma: é o que eu sinto. Ontem [1] queria pôr termo ao meu viver, custasse o que custasse. Deitar-me a afogar, meter a cabeça debaixo do comboio, enfim, figurava-se-me que é insuportável o meu viver. Queria escrever ao meu Paizinho mas estava tão desanimada e com tão poucas forças para o fazer que nem sabia como resolver este caso. Porém hoje vejo-me obrigada a fazê-lo. Para mais depressa chegar às mãos do meu Paizinho, vou mandá-la a Gondifelos. Se ela voasse até aí!
 Eu vou dizer ao meu Paizinho o que se passou. Mas o nome só o digo no fim da carta, escrito por mim.
  Hoje o Sr. Abade, antes de ir para Arcos para as confissões, trouxe-me Nosso Senhor. No fim de o receber figurava-se-me que tinha a minha alma morta. Estava num abismo tão medonho! Numas trevas tão intensas! Estava tão assustada, tinha medo de Nosso Senhor. Estive assim assustadíssima um bom pedaço. A Deolinda, como de costume, deu graças comigo. Nem sei o que ela rezava. Depois principiei a sentir paz, uma luzinha a iluminar-me a alma e principiei a perder o medo. Ouvi que Nosso Senhor me falava assim:

― Anda, minha pombinha inocente, ao teu Amor, ao teu Jesus, ao teu esposo. Anda, não temas, não te assustes. Este estado não é teu. És vítima. Se soubesses quanto sofro por ver assim sofrer a minha espozinha! Mas olha: Trata-se da alma do Padre.... Viste noutro dia aquela primeira alma que o demónio mais força fazia para arrastar? Era a dele. As outras eram da tua freguesia. Chegou a hora da vingança. Não o posso suportar mais. Que vida tão medonha, não nojenta: tão cheia de impureza. Tanta Missa sacrílega. Não o posso suportar mais. Vou condená-lo ao inferno.
E eu disse:
― Ó meu Jesus, se tendes no meu corpo ou na minha alma alguma coisa que Vos possa servir para eu lhe valer, não me poupeis a mim e poupai-o a ele às penas eternas. É uma alma, meu Jesus. Eu sou a vossa vítima. Eu não quero que crime nenhum do mundo vá ferir o Vosso santíssimo e amabilíssimo Coração.

Ó louquinha de Jesus e das almas, como te não posso negar nada, sofrê-lo-ei um mês. Sofrerás horrivelmente. Manda vir o teu Paizinho, combinai o que haveis de fazer. Conformo-me com tudo o que vós fizerdes. Convida-o por escrito à penitência. Não temas, não te assustes, sou o teu Jesus.

E tomou-me toda para si, fazendo-me breves carícias.

Meu Paizinho, que fazer a isto? Eu estou aflitíssima. O meu coração está agitado, nem me deixa respirar. Estou cheínha de medo. O demónio parece que me quer tragar. Diz-me com nomes feios que julgo dum inocente o que eu sou e o que o meu Paizinho é.
Lembranças da minha mãe e da Deolinda.
Abençoe a pobre Alexandrina.

(Depois, por mão dela):
Ai, meu Paizinho, eu estou tão cheia de medo, tenha pena de mim. É o Senhor Padre........... (O Padre Pinho riscou o nome) ».

Para que este sacerdote seja salvo, a Beata Alexandrina “sofreu horrivelmente”, como Jesus lhe tinha dito, mas a vitória foi também extraordinária!
Quando o Padre Mariano Pinho recebeu esta carta que muito o interpelou, escreveu para Lisboa a uma das suas numerosas dirigidas ― Superiora dum convento ― e pediu-lhe que se informasse junto do Senhor Cardeal Patriarca se algum dos sacerdotes da diocese de Lisboa lhe causava dissabores, sem todavia revelar o nome que a Beata Alexandrina lhe tinha indicado.

Sublinhemos que, Alexandrina habitando Balasar e nunca tendo ido a Lisboa, não podia conhecer o tal sacerdote, e que este nunca veio a Balasar.

A resposta veio breve e, coisa extraordinária, não só ela era afirmativa, mas o nome do “desgarrado” era o mesmo que indicara a “doentinha de Balasar”. O Padre Pinho deixou de duvidar e permitiu à Alexandrina de aceitar a proposta do Senhor, quer dizer: “sofrer horrivelmente” para que a alma deste sacerdote não caísse no inferno.


Mais tarde, a boa notícia chegou:

O dito sacerdote foi a Fátima ― vestido civilmente ― participou a um retiro espiritual e no fim deste pediu para se confessar. Depois de ter pedido sinceramente perdão a Deus pelas suas faltas e de ter revelado a sua verdadeira identidade, faleceu serenamente no Senhor.
A Beata Alexandrina não tirou disso glória pessoal, claro está, mas sentiu a alegria de ter sido o instrumento, nas mãos de Deus, para que tal milagre se produzisse.

Aqui fica pois um exemplo concreto daquilo que na Igreja se chama a “comunhão dos santos”, assim como a demonstração do valor impetratório da nossa querida Alexandrina.

Se durante a sua vida mortal o Senhor lhe acordava tais dons, que será agora, agora que ela vive na Mansão celeste junto do Esposo que ela tanto amou e ama agora mais ainda?

Neste momento tão crítico ― não quero ser pessimista ― em que a Igreja Católica sofre por falta de vocações sacerdotais e religiosas, porquê não organizar uma “cadeia de orações” para pedir a Deus, por intermédio da Beata Alexandrina o aumento das vocações sacerdotais e religiosas?

Não esqueçamos que a Alexandrina “é o Canal por onde Jesus quer fazer passar as suas graças” e todos, de um só coração rezemos nesse sentido, não esquecendo a materna solicitude da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, que a “doentinha de Balasar” tanto amava: a sua querida “Mãezinha”.

Convido todos vós a lerem as “Cartas da Alexandrina ao Padre Mariano Pinho”, 1933 a 1937 ― as outras seguirão em breve ―, já em linha no Sítio Oficial:

Afonso Rocha

[1] Compreenda-se bem o significado deste “queria”: não há aí nada de deliberado: era sugestão do demónio. (Nota do Padre Mariano Pinho).