1. As experiências místicas da Nova Era são, na verdade, armadilhas espirituais?
Existe hoje grande confusão na área dos fenômenos psíquicos, experiências místicas, e ocultismo. Todos eles são vistos como bons, progressistas e de origem divina; devendo, no futuro, fazer parte do aspecto natural e normal da evolução ou potencial humano. Essas são atividades tidas não só como "boas", mas também "seguras". No geral, as realidades danosas só são percebidas tarde demais, porque a nossa sociedade rejeita a idéia de poderes demoníacos que enganam deliberadamente sob um disfarce de "bondade".
As pessoas da Nova Era não têm idéia de que as suas novas práticas espirituais possam levá-las ao envolvimento com demônios. Por exemplo, Johanna Michaelsen acreditou que estava servindo a Deus e a Jesus trabalhando com um cirurgião mediúnico. No início, ela sentia grande alegria e paz mediante as práticas da Nova Era. Seu espírito-guia chegou a afirmar ser Jesus. No processo de se tornar cristã, ela descobriu, porém, que o espírito-guia a enganara deliberadamente e era um demônio. Ela relembra: "Raiva demoníaca assassina foi a reação do espírito à minha provável decisão de aceitar a Jesus Cristo de Nazaré como Ele é, em vez de como eu estava pensando que Ele fosse".[1]
Doreen Irvine compreendeu a mesma verdade. Como feiticeira praticante, que usava poderes psíquicos, ela cria que tais coisas simplesmente faziam parte do "potencial humano" de qualquer pessoa. Certo dia, descobriu que o verdadeiro poder vinha dos espíritos malignos. Percebeu enfim que eles habitavam realmente nela – algo que nunca imaginara. Ela observa: "Os demônios não me eram estranhos. Eu não os chamara muitas vezes para ajudar-me nos rituais de feitiçaria e satanismo? Agora, pela primeira vez, sabia que esses demônios estavam dentro de mim e não fora. Foi uma revelação espantosa... eles na verdade me controlavam".[2]
Com base nisso, podemos ver que, pelo menos inicialmente, o convertido à Nova Era pode desfrutar de inúmeras experiências excitantes e agradáveis. É isso que os espíritos desejam, pois isso leva as pessoas a se aprofundarem mais na filosofia e práticas da Nova Era. Mas, uma vez que o indivíduo foi realmente "fisgado", o quadro pode mudar drasticamente. O que os adeptos da Nova Era devem considerar é que eles próprios podem fazer parte de uma vigarice espiritual. Se um estelionatário for suficientemente hábil, a vítima pode entregar-lhe alegremente toda a sua poupança. Ela só descobre a sua perda quando já é tarde demais. Os membros da Nova Era entregam confiantes as suas mentes e corpos a seres espirituais que mal conhecem. Se esses espíritos forem demônios, quais serão as conseqüências lógicas, a seu ver?
2. A Bíblia diz alguma coisa sobre os ensinos e práticas do Movimento da Nova Era?
A Bíblia tem muito a dizer sobre as práticas e ensinamentos da Nova Era. Especificamente, a Bíblia ensina que o espiritismo e outras práticas ocultistas do Movimento da Nova Era desagradam a Deus, atraindo o Seu juízo. Por exemplo:
Êxodo 20.3,5 (comp. Sl 96.4) – "Não terás outros deuses diante de mim... Não [os] adorarás, nem lhes darás culto..."
Deuteronômio 18.10-12 (comp. 2 Cr 33.6) – "Não se achará entre ti... adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor..."
1 Coríntios 10.20 (comp. Sl 106.34-40) – "As cousas que eles sacrificam, é a demônios... e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios".
Em essência, nesses versículos, a Bíblia está condenando qualquer envolvimento com espíritos ou demônios.
Os ensinamentos panteístas do Movimento da Nova Era são rejeitados pelas Escrituras. A Bíblia ensina que o Deus infinito e eterno criou um Universo finito do nada (Gn 1.1; Ne 9.6; Sl 33.9; 148.5; Hb 11.3) e que esse é tanto real quanto bom (Gn 1.31). Deus não é "um" com o Universo (Is 45.18,22). Ele é separado e superior a ele.